Olá!

Sei que faz um século que não aparecemos por aqui, mas se você segue nosso instagram, sabe o motivo do nosso sumiço temporário. Se não segue, no post de hoje você entenderá porque andamos meio ausentes.

Bem, há 5 meses fomos abençoados com um novo membro da família Viajante Fora da Curva. E apesar de ser tão novinho, nosso bebê já fez quatro viagens, duas das quais foram internacionais. Começamos a viajar com ele quando ele tinha 2 meses e por isso hoje vamos dar algumas dicas para quem quer viajar com seus bebês, mas tem dúvidas ou receios.

1) Comprando as passagens

Viajar com bebês é trabalhoso. Mas a boa notícia é que você pode comprar as passagens normalmente, pois a maioria das companhias aéreas permite que crianças de até 2 anos de idade viajem de graça. Isso, desde que você leve seu bebê no colo, claro. Caso você queira colocar o bebê ou a criança em um assento, precisará comprar uma passagem extra. Neste caso, é importante também levar consigo um bebê conforto ou cadeirinha que possa ser afivelada ao assento do avião para garantir a segurança do/a pequeno/a.

No nosso caso, viajamos com o bebê no colo, pois fizemos viagens de curta duração (3h, no máximo). Mas uma coisa que fizemos foi pagar a mais por assentos conforto, pois queríamos mais espaço para nos movimentarmos no avião. Outra coisa que fizemos foi comprar os assentos da janela e do corredor, para tentarmos ficar com a fileira toda para nós. Isso, porque a probabilidade de alguém deliberadamente escolher o assento do meio quando o da janela e do corredor já estão ocupados, é pequena. E, se isso acontecer, você pode sempre oferecer para a pessoa o assento da janela ou do corredor pelo do meio. Dificilmente alguém se importará de abrir mão do assento mais desconfortável.

2) Arrumando as malas

Já dei dicas aqui no blog sobre como arrumar sua mala para viajar. Com um bebê, o processo muda um pouco, mas é só se planejar que dá tudo certo.

Uma semana antes da viagem, comece a catalogar tudo o que você usa com o seu bebê durante o dia. Anote os itens em categorias, tais como objetos de higiene pessoal, brinquedos, roupas, remédios, itens para alimentação e para a hora do sono.

Três dias antes da viagem, comece a separar aquilo que já pode ser colocado na mala. Eu levei cerca de dois ou três dias para preparar a mala do bebê da primeira vez, porque muitas das coisas eu utilizaria até a hora da viagem e por isso poderia higienizar e guardar na mala apenas minutos antes de sairmos para o aeroporto. Então no dia da viagem, é importante reservar tempo suficiente para conferir se você pegou tudo o que precisa e para colocar o que falta na bagagem.

3) Na hora de sair

A saída para o aeroporto também requer programação. Nosso ritual pré-saída consiste em, primeiro, checar todos os itens da lista e destacar aqueles que ainda usaríamos antes de sair e que precisariam ser guardados em cima da hora. Em seguida, amamentar o bebê, para garantir que ele não se queixasse de fome durante o trajeto para o aeroporto ou mesmo na hora do embarque. E, por fim, trocar a fralda do bebê minutos antes de sairmos e pegar tudo o que faltava da lista.

Antes de iniciar esse ritual, já colocávamos tudo o que estava pronto (por exemplo, a nossa mala, a bolsa de fraldas etc) perto da porta, para não esquecermos nada. Terminada a última etapa do ritual (troca de fralda), era hora de nos deslocarmos para o aeroporto.

4) Bebê conforto e/ou carrinho de passeio

Nós optamos por levar um bebê conforto nas viagens porque sabíamos que nos deslocaríamos de carro até o aeroporto e durante as nossas estadias também. Apesar de ser um item a mais para carregarmos, com o bebê conforto garantiríamos maior proteção para o bebê nesses deslocamentos.

Além disso, em algumas das viagens decidimos também levar um carrinho, para podermos fazer caminhadas com o neném. A boa notícia é que a maioria das companhias aéreas permite que você embarque com esses dois itens sem cobrar por eles. Você tem a opção de despachá-los no balcão ou de seguir com eles até a porta do avião e despachá-los ali. Preferimos esta opção porque achamos que correríamos menos risco de receber os itens com alguma avaria. Além disso, fazendo dessa forma você pode receber esses itens de volta assim que descer do avião, o que é bem mais prático do que ter que esperar por eles nas esteiras de bagagens.

Se você não tem um carrinho ou não quer ter um item a mais para carregar durante a viagem, uma boa opção é levar um canguru ou sling. Fizemos isso em uma das viagens, porque nosso bebê ainda era bem pequeno e não pesava tanto. Foi uma ótima alternativa que tornou a viagem um tanto mais prática.

5) Fazendo o check in

Uma coisa que descobrimos apenas quando fomos fazer nossa primeira viagem com nosso filho foi que só é possível fazer check in com um bebê presencialmente, no balcão da companhia aérea. Creio que isso se dá porque as companhias querem conferir os documentos da criança e ver se ele está mesmo viajando com os responsáveis legais.

Então desde que começamos a viajar com nosso bebê, tivemos que nos programar para chegarmos um pouco antes no aeroporto, para que pudéssemos fazer o check in na hora. O processo é bem simples: basta ir no atendimento preferencial, apresentar os documentos de todos os viajantes (inclusive do bebê), despachar as malas, se for o caso, etiquetar as bagagens de mão (inclusive o carrinho e bebê conforto) e seguir para o embarque. Como eu disse acima, você pode embarcar com o bebê conforto e o carrinho de bebê, além das suas malas de mão, desde que entregue os itens do bebê na porta do avião.

6) Decolando e pousando

Nós tivemos muita sorte com nosso bebê, que parece ser um viajante nato, pois ele em geral fica bastante calmo durante os voos e passeios. Contudo, há algumas dicas que contribuem para a tranquilidade do bebê durante o voo.

A primeira é sempre conversar com ele e explicar o que está acontecendo. Bebês são muito mais inteligentes e perceptivos do que pensamos e por isso explicar para eles o que está se passando é uma maneira de contribuir para que ele fique mais tranquilo.

Além disso, se você estiver viajando com seu/sua parceiro/a, uma dica legal que me deram é fazer com que um dos dois entre no avião com as bagagens de mão, enquanto o outro fica na porta com o bebê, aguardando até que todo mundo embarque. Isso é válido porque às vezes o bebê pode estranhar o ambiente confinado da aeronave e por isso ficar com ele do lado de fora ajuda a distraí-lo até que seja necessário entrar no avião.

Por fim, o mais importante é garantir que o bebê esteja mamando durante a decolagem e o pouso. Dizem que o movimento de sucção ajuda a amenizar a pressão nos ouvidos dos pequenos e por isso a mamada contribui muito para evitar desconforto neles. Além disso, mamar é também algo que proporciona acalento para o bebê, então é uma maneira de fazer com que ele se sinta seguro. Aqui, vale a mamada no peito ou na mamadeira, pois o importante é garantir que o bebê esteja fazendo o movimento de sucção.

7) Troca de fraldas

A primeira viagem que fizemos com nosso bebê, quando ele tinha apenas dois meses, foi um sonho. Ele dormiu e mamou o tempo todo e sequer sujou a fralda. Achamos que sempre seria fácil assim, até que alguns perrengues começaram a acontecer. Sim, estou falando de fraldas sujas; muito sujas. Já precisamos fazer trocas em trocadores do aeroporto, no banheiro do avião e mesmo no próprio carrinho do bebê, quando não havia trocadores disponíveis ou limpos. O importante, aqui, é ter tudo o que você precisa à mão, dentro da bolsa de fralda do bebê (que acabará se tornando sua bagagem de mão mais importante!).

Na nossa bolsa de fralda há um mini trocador impermeável, muito álcool em gel, um spray de álcool líquido, algodão, fraldas extras, lenços umedecidos (que usamos apenas em casos excepcionais), mudas de roupas e uma manta. Tendo esses itens, é possível fazer a troca praticamente em qualquer lugar. Basta garantir que o ambiente esteja limpo (caso não esteja, faça uso do álcool) e que a troca seja em um lugar reservado, para não expor o bebê.

8) Entretenimento para o bebê

Como nosso bebê ainda é bem pequeno, ele requer pouco entretenimento porque mama e dorme muito. Ainda assim, optei por levar alguns livrinhos, chocalho, mordedor e um ou outro brinquedo de pelúcia caso ele se mostrasse impaciente e precisasse ser distraído. Em alguns momentos, isso de fato ocorreu e ter esses itens à mão ajudou bastante. Inclusive, sempre saio com um deles na bolsa de fraldas, pois nunca se sabe quando vamos precisar.

Portanto, recomendo que você leve um item menor, mas que seu filho adore, na bolsa de fralda/bagagem de mão. Os demais itens podem ser colocados na mala principal, mas dê preferência por coisas que sejam mais leves, porém mais resistentes e fáceis de limpar.

9) A chegada

Na nossa experiência, viajar com um bebê de colo é trabalhoso, mas é muito mais tranquilo do que esperávamos. Parece que, quanto mais novo o bebê, mais fácil viajar com ele, pois ele basicamente só mama e dorme. Portanto, se você seguir as dicas acima, as chances da sua viagem ser um sucesso serão grandes.

Assim, ao chegar no seu destino, colete suas coisas e aproveite a viagem com seu bebê! Afinal, todos esses esforços são parte de construir lembranças positivas com o novo e mais precioso membro da sua família. Mas atenção: o ritmo de viagem com um bebê é obviamente diferente do ritmo que você adotaria se estivesse sozinho/a. Portanto, observe como seu/sua filho/a reage e respeite os limites dele/a. Se ver que ele/a está inquieto/a, irritado/a ou cansado/a, é melhor encerrar o passeio do dia e curtir um descanso na hospedagem, oferecendo bastante carinho e segurança para o bebê.

Espero que com esse post, você se sinta mais encorajado/a a viajar com seu bebê. Se já tiver tentado, comente aqui em baixo como foi sua experiência! E fique de olho no blog para outros posts sobre destinos, roteiros e dicas!

Até a próxima!